Eu vivo as noites os meus piores pesadelos e a luz do dia um dos meus mais maravilhosos sonhos, apesar de um certo tempo eu já não consigo sonhar coisas maravilhosas, além de enxergar coisas que realmente não é sonho, é tudo real.
Eu já não posso mais me expressar para o mundo, não, eu não posso, eles me julgam ser coisas que não sou, coisas que não faço pelo simples fato de escrever o que sinto.
Eu vivo escrevendo um pouco do nada, porque isso é o que realmente sou perante aos outros, nada, além de apenas tentar aparecer.
Agora sinto-me como um balde despejado, não tenho mais prazer de ter sangue a percorrer as minhas veias, fico tensa ao ouvir as batidas do relógio e percebendo que a cada batida estou mais próxima do meu momento de tortura e parece que quando estamos com medo as horas se transformam em segundos.
Eu tenho medo de dormir e enfrentar meus pesadelos, 00:00, 01:00, 02:00, 03:00 horas, eu queria dormir mas não consigo, é só mais uma noite de insônia ou talvez só o medo do pesadelo, 04:00, 05:00, 06:00 quem aqui queria dormir? Já é hora de me levantar e ir há escola, lá eu vivo e vejo a realidade do mundo, o que ele está virando, o que as pessoas estão fazendo com ele, passo horas e horas sentada em uma inútil cadeira no final da fila e no canto da sala, tento prestar atenção no que dizem, mas sempre me pego perdida em meus pensamentos.
12:15 hora de ir pra casa outra vez e envés de realidade vivo o meu verdadeiro teatro, onde finjo ser quem não sou, por mais medo de fazer as pessoas que amo sofrerem mais do que já fiz, é assim todos os meus dias, todas as minhas noites, Angustiante, Triste e sempre tomada por mais um pensamento medonho.
As vezes sinto como se tivesse tudo pra mim e logo depois vejo que não tenho nada. É como se por um instante o tivesse por perto com todos os sentimentos que eu queria que você sentisse, mas logo depois vejo que tudo se tornou vazio.
Pensamentos confusos, pensamentos medonhos, tristezas, humilhações, lágrimas, falsos sorrisos, tristes olhares, cortes, batimentos acelerados ou parados...
E tudo se volta repetir da noite para o dia e do dia para a noite...
Autora:Amanda Aragão
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