segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Mudanças causadas pelo tempo.

 
O tempo vai passando.
Você se olha no espelho e mal consegue se reconhecer.
Você já não é mas aquela criança assustada, que tinha medo do escuro.
E que acreditava que seu pior inimigo, o vilões, era o bicho papão.
Você cresce e percebe que as vezes o escuro é o melhor esconderijo.
E que os seres humanos na verdade são os vilões, os inimigos.
Você olha em volta e percebe que aqueles que um dia disseram que não iriam embora, já não estão mais ali.
Então você é obrigada a suportar. Suportar a dor, as feridas.
Não as feridas na carne e sim as na alma.
E isso te torna mais forte e ao mesmo tempo mais fraca.
O tempo vai passando e você se torna cada vez mais fria, não por opção, mas pela sua própria sobrevivência.
Na verdade você é toda emoção. Uma bomba de sentimentos contidos, pronta pra explodir a qualquer momento.
Mas você sabe que isso não pode e não deve acontecer.
Com o passar do tempo você acaba percebendo que não se pode confiar em todos.
E que no final das contas você vai estar sozinha.
Você já não tem tantos amigos, não amigos de verdade.
No lugar disso músicas e mais músicas. As músicas parecem te entender, mas do que você a elas. As músicas te entendem mais que as pessoas.
Você já não sai tanto. No lugar disso, horas e horas na internet.
As madrugadas já não são mais as mesmas. Ao invés de dormir ou ficar fazendo planos, livros e mais livros. Alguns você lê e outros acabam te lendo.
No banho ao in vez de cantar, você só consegue pensar, pensar.
Você percebe que se tornou um ser humano diferente.
Diferente da maioria. E igual a tantos outros.
Você nem sabe ao certo o quanto isso é bom ou ruim.
Você simplesmente quer viver...
Mesmo tendo a sensação de as vezes simplesmente existir.
Você sabe que não vai desistir. Mesmo as vezes pensando nisso.
porque ainda acredita que há algo maior. Algo além disso.
Há cada dia uma nova descoberta.
Acho que estou me conhecendo, me decifrando. Me encontrando.



Autora: Cintia Souza
Lonely Angel.

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Estranho

 
Estranho?
Estranho é tanta coisa sentir.
Estranho é não saber definir.
Estranho é olhar envolta e não entender o quanto tudo mudou.
Estranho é não querer aceitar que o tempo passou.
Estranho é viver em um mundo cada vez mais sem amor.
Estranho é viver refém da dor.
Estranho é tentar encontrar o sentido, da dor, da guerra, da fome, do grito.

Estranho é nada fazer sentido.
Estranho é tudo acabar assim. Sem respostas.


Autora: Cintia Souza
Lonely Angel.